domingo, maio 14, 2006

continuando...

tem sofrimento, arte etc...
quem nunca passou por isso???
"em três minutos tudo pode acontecer. A minha sensação e de todos os pós-de-arroz presentes no Mário Filho era a de que os três minutos restantes arrastavam-se como que puxados por uma parelha de lesmas. Dasatinado, tirei meu relágio. As horas passavam, mas os três minutos, não. Oito horas, nove, dez, meia-noite. Uma da madrugada, duas, três, e os três minutos parados. Os galos já cantavam e não soava o apito final. A madrugada raiava sangüínea e fresca e faltavam dois minutos. O penúltimo minuto durou três horas. Finalmente, ficou faltando um único e escasso minuto. Sessenta segundos passam rápido. Não aqueles. Só ao meio-dia terminou a batalha"
tem plasticidade, suspense:
"no ex-Maracanã, fez-se um silêncio ensurdecedor, que toda a cidade ouviu. No instante do chute, a coxa de Pelé tornou-se plástica, elástica, vital, como a anca do cavalo. (...) E quando Pelé estourou as redes, o Estádio Mário filho voou pelos ares. Desde Pero Vaz de Caminha, nenhum brasileiro recebera apoteose tamanha."
qualidade em grande quantidade:
"Segundo o Pero Vaz de Caminha, a terra aqui é tão generosa que, em nela se plantando, os pelés, os garrinhchas, nascem com tremenda abundância."
em breve a "conclusão"!

sexta-feira, maio 12, 2006

a diferença...

Gostei bastante da descrição feita pelo nosso amigo Kuraudo Suto, abaixo, sobre as finais dos mundiais de 1992 e 93 e das suas expectativas e impressões sobre o futebol brasileiro.

Coincidentemente, hoje pela manhã estava lendo o livro "O futebol em Nelson Rodrigues", uma tese de mestrado em comunicação e semiótica, de José Carlos Marques. Deixando a análise semiótica de lado e folheando os trechos de crônicas de Nelson Rodrigues, achei coisas geniais que podem ser colocadas em diálogo com a observação oriental. Aqui se expressa sobretudo que o futebol, no Brasil, ultrapassa os limites das linhas desenhadas no gramado ou as arquibancadas. Toda a população se mobiliza para um jogo. Acha exagero o que digo? Pois então você nunca foi a uma partida de futebol no morumbi, ouvindo um programa no rádio sobre o jogo e encontrar com as pessoas pelo caminho com aquela expectativa e quanto mais próximo do estádio, ouvindo já os gritos sincronizados das torcidas, andar cada vez mais rápido, como se aquele jogo fosse o acontecimento mais importante do mundo. E realmente é, estando nesta situação!

Mas vejamos Nelson:
"Os idiotas da objetividade só veem o jogo em seus termos estritamente técnicos e táticos. E o Sobrenatural de Almeida estava ali, provando que o futebol é mais do que puro e simples futebol. Qualquer clássico ou qualquer pelada tem uma aura"

continuarei...

O testemunho de quem esteve lá

por Kuraudo Suto, filho da terra do sol nascente

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Como poderia imaginar em 1992 e 1993 que, em 2006, iria escrever um comentário sobre futebol brasileiro no blog dos meus amigos BRASILEIROS... Nem imaginava que iria pro país de futebol, muito menos iria estudar sociologia na ESP.

Porém, sem dúvida alguma aquele futebol-arte que o Telê apresentou no ano do meu primeiro e no segundo colegial marcou muito na minha mente – futebol brasileiro é alegre e cativante. E com a chegada do Zico em 1991, já relativamente ouvia-se o que era ‘futebol brasileiro’ nas revistas de futebol japonesas. Porém, era impossível um craque, Zico, apresentar sozinho futebol-arte (ele jogava na equipe que logo depois tornar-se-ia Kashima), pois o futebol não se joga sozinho. Apesar de que anos mais tarde ele concretizou-o no Kashima Antlers do ponto de vista dos japoneses.

Por ser véspera do ano de J-Ligue (campeonato de futebol japonês) e o primeiro ano desse campeonato, chamou muita atenção Copa-Toyota de 92 e 93. Em 92, a Barça era representante da Europa – uma equipe de estrelas europeus – todos jogavam na seleção dos países europeus. Por outro lado, uma equipe que veio do outro lado do mundo, ou melhor, veio do “cu” do mundo levando-se 24 horas! Eu me lembro claramente que o locutor japonês falava “O São Paulo jogava a cada 2 ou 3 dias no Brasil, então com o intervalo de 1 semana, conseguiu descansar e jogaria bem hoje diante da Barça...” Eu logicamente torcia pelo time do Brasil, não importava de que lugar do Brasil viesse jogar no Japão... eu era doido para ver o futebol brasileiro de perto, até ouvia a narração do locutor brasileiro (o Japão é um país de tecnologia, com um aperto no botão do controle remoto podia ouvir a narração em português....)

Do jogo, eu lembro só do cenário de gols agora, na cobrança de falta, aquele toque sutil que o Raí deu na bola e encobriu do goleiro antes de ‘levar a bola para a rede’, impressionou não só o público japonês mas também os adversários, tanto que os jogadores europeus que formavam barreira ficaram paralizados à toa e vendo a bola sendo “sugado” pela rede. Era suficiente para macular o gol sensacional do atacante da Braça, o Stoikovic. Eu nem lembro qual era primeiro ou segundo gol do Raí, mas lembro com exatidão que o Müller fintou muito lindo o lateral direito fingindo que ia fazer cruzamento com pé direito e deu passe com pé esquerdo pro Raí fazer gol com a barriga!! Diria que o Raí era representante do futebol-arte pro povo japonês. Cada vez que ele estava com a bola, deu impressão de que ele faria algo mágico e surpreso...até hoje tem na minha casa do Japão as fitas de video em que gravei Copa-Toyota de 92 e 93.

Em 93, o jogo contra Milan também era muito dramático e espetacular! Dizia-se que dessa vez o São Paulo nem tinha chance de levantar a taça, pois AC Milan era equipe milionária! O presidente daquela equipe nem se preocupava em gastar dinheiro para poder contratar os jogadores que se destacavam nos campeonatos dos países europeus. Era uma equipe galáctica! Fazia muito tempo que havia a tendência a levar os jogadores que despontavam não só nos países europeus, mas também, especificamente, no Brasil e na Argentina para grandes times da Itália e da Espanha. Era um grande embate entre dinheiro (equipe européia) e uma pura matéria-prima (equipe sul-americana). Eu era pessimista porque sabia mais dos nomes dos jogadores do Milan do que os do São Paulo. Eu sabia dos nomes de 3 a 4 jogadores do São Paulo. Nem sabia quem era Leonardo, camisa 10 do Tricolor muito menos o Palhinha...

Eu acho que tinha mais chances do Milan do que do Tricolor, mas a concentração dos jogadores brasileiros nos momentos decisivos de fazer gol, e não de defender o seu gol, eram impressionante. Farejam e sentem o cheiro de gol. Acho que isso se repetiu no jogo contra o Liverpool em 2005.

Naturalmente, quando foi publicado livro do Telê (eu acho que nenhum brasileiro sabe desse livro!) anos mais tarde no Japão, comprei logo depois do lançamento. Eu gostava de ler os livros do Zico e conhecer as idéias e a visão do craque e ele citava o nome do Telê como mestre. Era único técnico na toda carreira do Zico que não apelava para fazer falta, mesmo que corresse risco de levar gol. Por cima, advertia os japoneses no livro de que jogue como brasileiro, ou seja, jogue com a técnica, maximize a habilidade para superar qualquer adversário. Era a palavra de quem entendia o futebol-arte - o futebol brasileiro.

Sem sombra de dúvida, se o Zico, Telê, Leonardo (ex-sampaulino e da seleção), Zinho (ex-palmeirense e da seleção), Jorginho (ex-flamenguista e o lateral direito da seleção), Careca (ex-atacante da seleção), Dunga (eterno capitão! – que me influenciou bastante) entre outros jogadores brasileiros não tivessem deixado um grande legado no país de sol nascente, eu nem teria vindo para o país de futebol-arte – O Brasil.
...

segunda-feira, maio 08, 2006

porque o jogo entre São Paulo e Corinthians foi 3 x 1 !

Quem abrir a página do yahoo de hoje, 08/05/2006, verá em yahoo esportes:

Corinthians pede para São Paulo "maneirar"

verdade.... é só clicar que aparecerá a notícia que tem como fonte o LANCE!

preciso falar mais alguma coisa?

oh, Tricolor!

Quem ainda duvida da superioridade tricolor no futebol paulista e nacional? Todo ano o time ocupa as principais colocações nos campeonatos em que disputa. No ano passado disputou 4 campeonatos: o paulista, o brasileiro, a libertadores e o mundial. Ganhou três, incluindo o terceiro mundial de clubes!

Mas, como além de são-paulino, sou amante do futebol, vejo com pesar o que acontece com os grandes clubes paulistanos. O Corinthians após fazer uma suspeita "parceria", da qual pode sair sem time e sem títulos (lembram do Palmeiras pós parmalat?), está ha quatro jogos sofrendo viradas por 3 x 1, as duas últimas foram para, nada mais nada menos, o River Plate em pleno pacaembu, sendo eliminado da copa libertadores e no último domingo para o glorioso tricolor paulista. Adequando o hino do alvinegro: Salvem o Corinthians!!!
Já o Palmeiras segue firme e forte na luta por uma vaga na série B do brasileiro, o que já ocorreu ha alguns anos atrás. O Palmeiras 100% - como disse meu amigo tricolor Léo - tem a companhia do seu principal rival, o Corinthians, na zona de rebaixamento. Adequando o hino alviverde:"Quando surge o alviverde impotente.... defesa, que todos passam, linha de atacante é uma desgraça..."

Dirão os leitores: "com apenas quatro rodadas, ainda é muito cedo para falar em rebaixamento". Também acho, mas é bom ficar atento.

Em tempo: o Santos, embora tenha um time bastante limitado, está conseguindo fazer boas campanhas. Ganhou o paulista deste ano e segue líder do brasileiro. Eh, Luxemburgo!

Porém, há males que vêm pra bem! Fiquei contente ao ler a bela mensagem da amiga Adriane. Corinthiana doente, ela anda um tanto mal humorada por estes dias. No entanto, está enchendo nossos ouvidos (no bom sentido) no bar, e os olhos de quem lê este blog com maravilhosas histórias do futebol brasileiro.
Dri, o Corinthians não ganha nada este ano, mas todos nós vamos ganhar com este seu trabalho de conclusão de curso.

Fico por aqui, e como falei também sobre hinos, o do tricolor não precisa ser modificado, apenas confirmado: "tu és forte, tu és grande. Entre os grandes, és o primeiro!"

Saudações tricolores. Abraços!

Rotina...

Como eu já esperava, o SPFC manteve a escrita de mais de três anos sem perder pro time da Marginal s/n. Apesar de ter tido um bom momento no jogo coroado com um belo gol de Nilmar, o Curintia não resistiu à superioridade de um dos melhores (senão o melhor) time da República Futebolística do Brasil. O Timão demonstrou mais uma vez a falta de equilíbrio emocional e as limitações do seu plantel. Por outro lado, mesmo após três substituições devidas a contusões, ainda no primeiro tempo o SPFC empatou o jogo com um gol sem querer do lateral Souza. Aquilo sim foi um belo cruzamento, afinal não precisou nem de atacante pra balançar as redes do craque da camisa número um, Silvio Luis, que ficou sem entender nada. No segundo tempo, Alex Dias retribuiu para a torcida o presente que recebeu de Leandro, acertando um belo chute de primeira, virando o placar para o Tricolor. Lenílson, que substituiu Danilo, fechou o placar com um belo gol de cabeça. Das arquibancadas se ouvia o grito de "um dois três, o Corinthias é freguês!". Apesar de tudo, acho que dessa vez não haverá tanta choradeira quanto ao resultado final. E mais uma vez, um técnico do Curintia balança após derrota para o Tricolor.
E por falar em freguês, o Parmerinha manteve a regularidade, perdendo de dois a zero pro Azulão. 100% no campeonato, o Verdão só perdeu até agora... Como deve ser difícil torcer pra esse time. Que saudade do Felipão, hein...

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sexta-feira, maio 05, 2006

Não poderia ter sido melhor......

Como bom Palmeirense que sou, não posso deixar de manifestar a minha alegria diante dos fatos.....
O curintias não consegui vingar em competições importantes, não tem jeito. Entra ano e sai ano e a coisa não muda pro lado alvinegro. Os caras sempre peidam na tanga quando o assunto é Libertadores da América, e o melhor de tudo isso é que a cada ano que passa, a frustração aumenta ainda mais!!!!
Mas um fato foi realmente ruim para o futebol na noite de ontem. A violência proporcionada pelos torcedores que tentaram invadir o campo, partindo literalmente pra cima da PM.
Pô eu entendo, entendo mesmo. Ta certo que rolou um investimentozinho de um grupo russo de uma marca de LAVADORA de roupa, de aproximadamente 150 milhões pra trazer jogadores como Talvez (EL pibe do infiel), MasqueEngano, Sebo (ou Sebá), Ricardinho, Gustavo Nervos, Carlos Adalberto, Nilmar (esse sim o único)...sei que o grito está engasgado, mas pera lá né!!!!
A atitude dos torcedores não tem justificativa. Inclusive, alguns torcedores chegaram a declarar em entrevistas, que a atitude daqueles que partiram pra cima da PM para entrar no campo, foi correta.
Ai fica algumas perguntas
E as crianças, os idosos, as mulheres que estavam no estádio?????
Alguma medida precisa ser adotada contra esses marginais, e eu não estou me referindo apenas dos torcedores do curintias não. Em um intervalo de 2 semanas, torcedores do são paulo e do Palmeiras também entraram em conflito com a polícia. Toda essa violência só serve para afastar ainda mais o público dos estádios de futebol.
De bom mesmo nisso tudo......só a eliminação do curintias.

Saudações Alviverde.
beto dinamite

O apito inicial

Bem, amigos da rede globo... ( o Galvão é chato pracaráio, fala a verdade...). Então, como eu ia dizendo, esse blog nasce sem pretensão alguma de ser levado a sério. Mesmo porque quem vai participar dele são pessoas que costumam falar de futebol durante as aulas ou no boteco do Freitas, perto da ESP. O bar até que tem TV a cabo e tal, mas a televisão de 14 polegadas não ajuda muito não. Tá valendo, pois o que a gente gosta mesmo é de tomar uma breja e sacanear um com a cara do outro. Nós também temos um time, e nossa meta é levar o Hempíricos F. C. à final do Futesp, e se tudo der certo, um dia a gente chega lá.

Só pra finalizar meu primeiro post, tenho que dizer que ontem foi um dia trágico pros nossos amigos curintianos... Três a Um pro River foi foda. Mas como eu não sou curintiano, hoje o dia é de festa... Aêêêêêêêêêêê!!!

abraço!

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