Compensa para os clubes do futebol brasileiro fazer “caixa” nos tempos de hoje?
Uma reflexão sobre alguns dos vários problemas que ocorrem no futebol brasileiro atualmente.
Em uma resposta seca e isenta de reflexão até quem não gosta de futebol afirmará que sim, pois parece lógico, assim como um mais um é igual a dois, que o dinheiro resolverá todos os problemas de nossa desprovida existência. Porém se nos aprofundarmos um pouco nessa questão veremos que somente o dinheiro no caixa dos clubes fará com que o cachorro continue a correr em volta do próprio rabo.
Dia desses conversava com um amigo a respeito do seu tão adorado time, que no inicio do campeonato brasileiro de 2007 estava lhe proporcionando uma relativa alegria, chegando a despertar algum frenesi em seus torcedores. Além disso, o caríssimo colega zombava da situação em que se encontrava o time do qual sou torcedor.
Para me livrar das gozações disse para ele que esperasse dezembro chegar e no final conversaríamos sobre a situação de ambas às equipes e como ficaria o resumo final da competição, quando para minha tristeza ele solta a seguinte frase:
- Cara, no meu time a maioria dos jogadores são da base, se o time conseguir a classificação para libertadores do ano que vem venderemos esses jogadores para fazer “caixa” e, aí sim, conseguiremos montar um time competitivo para 2008.
A partir desse momento uma inquietação tomou minha consciência com a seguinte indagação; será que fazer “caixa” para montar um time não é uma furada? Não é fazer com que o cachorro fique correndo atrás do próprio rabo? Não somos nós, fanáticos torcedores, que vivemos reclamando da ida precoce para o exterior dos nossos “projetos de craque”?
Pois bem, digo isso porque não é de hoje que dirigentes picaretas, empresários que mais parecem cafetões junto a figura de seus jogadores – meretrizes e a imprensa mercadológica[1] são as figuras do cenário cotidiano do mundo futebolístico e, se nós torcedores, que escolhemos um clube para ter como uma espécie totem religioso, clamamos por mudanças para que o time de nosso coração consiga atender nossos mais simples pedidos, proporcionar o entorpecimento da alma a cada rodada!
Em uma análise superficial dos fatos apontaria dois motivos simples, porém desalentador para quem gosta de futebol; o primeiro e mais importante se resume ao fato de vendermos nossos jovens jogadores por dinheiro de banana (foi essa expressão, só para citar como ilustração, usada pelo nebuloso Presidente do Milan e ex Primeiro Ministro da Itália Silvio Berlusconi com a aquisição do excelente Kaká), para que depois sejam negociados por verdadeiras fortunas junto a outros clubes europeus; o segundo motivo, talvez mais importante, se resume ao fato dos clubes fazerem o tal “caixa” para um determinado campeonato e ao final do mesmo voltarem para a mesma situação de pindaíba que se encontravam antes.
É claro que o dinheiro em caixa é importante para os times, só que antes disso é necessário fazer uma verdadeira “revolução” em suas estruturas administrativas que há muito encontram-se esfaceladas pelos chamados “profissionais do futebol”.
Portanto somente o dinheiro em caixa fará com que os ratos continuem se fartando com as migalhas que restam à imensa maioria dos times tupiniquins, fazendo com que os campeonatos domésticos apresentem times, junto aos torcedores, formado por jogadores ruins e, pior que isso, mercenários e muitas vezes demagogos que na hora do gol beijam o escudo santificado pela torcida.
Existe quase que um consenso geral que o primeiro passo para essa “revolução” seria investir maciçamente o tal “caixa” na base, eu diria mais, o que é essencial no primeiro momento é reverter sim esse dinheiro pra base, porém não só única e exclusivamente com o intuito de formar o jogador e vender. É necessário que se crie mecanismos para que as revelações joguem no mínimo quatro anos nos clubes formadores, criar uma espécie de identidade, pois acredito que isso é algo fundamental para se que se tenha inicio as almejadas mudanças que sonham os torcedores.
Em uma resposta seca e isenta de reflexão até quem não gosta de futebol afirmará que sim, pois parece lógico, assim como um mais um é igual a dois, que o dinheiro resolverá todos os problemas de nossa desprovida existência. Porém se nos aprofundarmos um pouco nessa questão veremos que somente o dinheiro no caixa dos clubes fará com que o cachorro continue a correr em volta do próprio rabo.
Dia desses conversava com um amigo a respeito do seu tão adorado time, que no inicio do campeonato brasileiro de 2007 estava lhe proporcionando uma relativa alegria, chegando a despertar algum frenesi em seus torcedores. Além disso, o caríssimo colega zombava da situação em que se encontrava o time do qual sou torcedor.
Para me livrar das gozações disse para ele que esperasse dezembro chegar e no final conversaríamos sobre a situação de ambas às equipes e como ficaria o resumo final da competição, quando para minha tristeza ele solta a seguinte frase:
- Cara, no meu time a maioria dos jogadores são da base, se o time conseguir a classificação para libertadores do ano que vem venderemos esses jogadores para fazer “caixa” e, aí sim, conseguiremos montar um time competitivo para 2008.
A partir desse momento uma inquietação tomou minha consciência com a seguinte indagação; será que fazer “caixa” para montar um time não é uma furada? Não é fazer com que o cachorro fique correndo atrás do próprio rabo? Não somos nós, fanáticos torcedores, que vivemos reclamando da ida precoce para o exterior dos nossos “projetos de craque”?
Pois bem, digo isso porque não é de hoje que dirigentes picaretas, empresários que mais parecem cafetões junto a figura de seus jogadores – meretrizes e a imprensa mercadológica[1] são as figuras do cenário cotidiano do mundo futebolístico e, se nós torcedores, que escolhemos um clube para ter como uma espécie totem religioso, clamamos por mudanças para que o time de nosso coração consiga atender nossos mais simples pedidos, proporcionar o entorpecimento da alma a cada rodada!
Em uma análise superficial dos fatos apontaria dois motivos simples, porém desalentador para quem gosta de futebol; o primeiro e mais importante se resume ao fato de vendermos nossos jovens jogadores por dinheiro de banana (foi essa expressão, só para citar como ilustração, usada pelo nebuloso Presidente do Milan e ex Primeiro Ministro da Itália Silvio Berlusconi com a aquisição do excelente Kaká), para que depois sejam negociados por verdadeiras fortunas junto a outros clubes europeus; o segundo motivo, talvez mais importante, se resume ao fato dos clubes fazerem o tal “caixa” para um determinado campeonato e ao final do mesmo voltarem para a mesma situação de pindaíba que se encontravam antes.
É claro que o dinheiro em caixa é importante para os times, só que antes disso é necessário fazer uma verdadeira “revolução” em suas estruturas administrativas que há muito encontram-se esfaceladas pelos chamados “profissionais do futebol”.
Portanto somente o dinheiro em caixa fará com que os ratos continuem se fartando com as migalhas que restam à imensa maioria dos times tupiniquins, fazendo com que os campeonatos domésticos apresentem times, junto aos torcedores, formado por jogadores ruins e, pior que isso, mercenários e muitas vezes demagogos que na hora do gol beijam o escudo santificado pela torcida.
Existe quase que um consenso geral que o primeiro passo para essa “revolução” seria investir maciçamente o tal “caixa” na base, eu diria mais, o que é essencial no primeiro momento é reverter sim esse dinheiro pra base, porém não só única e exclusivamente com o intuito de formar o jogador e vender. É necessário que se crie mecanismos para que as revelações joguem no mínimo quatro anos nos clubes formadores, criar uma espécie de identidade, pois acredito que isso é algo fundamental para se que se tenha inicio as almejadas mudanças que sonham os torcedores.
[1] Vale ressaltar que para essa regra existem algumas almas que são exceção, mas não me arrisco a citar nomes.

1 Comments:
Ai que lindo... Mô como vc é inteligente!!!!!!!!!!!!!!!!!
rsrsrsrssssss
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