A extinção do “meia clássico”?
Antes de entrarmos na discussão sobre a extinção, ou não, do chamado “meia clássico” no futebol, será necessário expor as principais características dos jogadores que se consagraram na história do futebol por exercerem de forma brilhante a função de “cérebro” do time.
O “meia clássico” se caracteriza na figura do jogador que tem a função de ligar o meio de campo com ataque, utilizando inteligência e astúcia para deixar os atacantes em situações claras de fazerem gols. Geralmente esses “donos do time” são detentores de um futebol cadenciado.
Uma outra característica desses distintos jogadores se dá pelo fato de muitas vezes parecerem estar “desligados” em campo, pensando em qualquer outra coisa, menos no jogo difícil e complicado que está acontecendo ali do seu lado. Porém, quando os torcedores já clamam por sua substituição, como num lampejo de gênio, ele dá um passe milimétrico no meio de uma defesa fechadíssima (que muitas vezes se parece com um paredão de tijolos onde a bola bate e volta) e deixa o atacante na frente do goleiro, que espantando com o lance não tem muito à fazer se não ir buscar a pelota no fundo da rede e se indagar da seguinte forma: “como este filho da puta achou espaço para deixar o atacante cara – cara comigo?”.
Existem outras forma que esses craques usam para desequilibrar o jogo a favor de seus times, como acertar um chute colocado de longa distância, batendo uma falta na “gaveta” ou até mesmo não encostando na bola e mesmo assim levar toda defesa adversária ao seu encalço com o chamado “corta-luz”, deixando os atacantes livres para marcar.
Muitos podem me questionar dizendo que jogadores como Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Zé Roberto (isso para falar só dos brasileiros que estão em atividade), entre tantos outros que desempenham esse papel de forma magistral.
Contudo, o meia clássico que estou caracterizando nestas linhas é aquele jogador magrão, alto e que parece uma garça desengonçada quando corre atrás da bola, chegando na frente dos adversários graças à passadas largas e os driblando em cortes secos e desmoralizantes, colocando a bola no meio das pernas dos volantes de contenção com um toque de biquinho de chuteira ou se aproveitando desta vantagem para aplicar um desconcertante “drible da vaca” nos beques. Esses jogadores ainda são mestres em dar lançamentos longos e precisos, acabando com qualquer sistema defensivo.
Por isso que não incluo jogadores como Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Zé Roberto, e mais outros tantos que são ou foram excepcionais jogadores, mas que jogam ou jogaram um outro estilo de futebol.
Nos quatro grandes clubes do Estado de São Paulo (SANTOS, são Paulo, corinthians e palmeiras) os chamados “meias clássico” têm papéis de destaque na história de suas agremiações. O SANTOS FC contou com o magistral Giovanni. O São Paulo expõem na figura do excelente Raí sua representação de exemplo de "meia clássico". O Drº Sócrates fez a torcida corintiana muito feliz durante o início da década de 80. No palmeiras a figura do “meia clássico” atende pelo nome de Ademir da Guia, ou como chamam os palmeirense, “o Divino”.
Atualmente não há jogadores jovens com as características do chamado “10 do time”. Ainda é possível encontrar alguns remanescentes deste estilo de jogo, como o já quase aposentado Rivaldo e o hermano Riquelme (sinceramente só me lembro destes dois no momento, pois o Zidane se aposentou em 2006 e jogava um futebol semelhante ao "meia clássico" que está caracterizado neste texto).
Com o aperfeiçoamento da tática implementada pelos treinadores o futebol ficou mais brigado. Os jogadores adquiriram mais força física do que técnica, se limitando a fazer aquilo que o “professor” manda. O setor de meio de campo das equipes se apresenta como um local cheio de volantes de contenção, onde se destacam aqueles que sabem marcar e sair jogando, mas que não são detentores de grande habilidade e inteligência. Lembraram do Dunga, Mauro Silva, Júlio Baptista, Emerson? Não que eles sejam péssimos jogadores, mas a projeção destes jogadores no futebol ganharam mais notoriedade pela marcação do que pela arte com a bola nos pés.
Infelizmente vai ser muito difícil aparecer novos “meias clássico” como Ademir da Guia, Rivaldo, Giovanni, Raí, Sócrates, Gérson, Toninho Cerezo, entre tantos outros que podemos apontar na história do futebol brasileiro e mundial.
Mas como esses jogadores não são fabricados em escolinhas e sim nascem com o futebol arte na veia e aperfeiçoa na “rua”, será muito, mas muito difícil mesmo, que um “meia clássico” apareça no cenário do futebol.
Infelizmente para os que gostam de futebol, o “meia clássico” é um jogador em extinção.
O “meia clássico” se caracteriza na figura do jogador que tem a função de ligar o meio de campo com ataque, utilizando inteligência e astúcia para deixar os atacantes em situações claras de fazerem gols. Geralmente esses “donos do time” são detentores de um futebol cadenciado.
Uma outra característica desses distintos jogadores se dá pelo fato de muitas vezes parecerem estar “desligados” em campo, pensando em qualquer outra coisa, menos no jogo difícil e complicado que está acontecendo ali do seu lado. Porém, quando os torcedores já clamam por sua substituição, como num lampejo de gênio, ele dá um passe milimétrico no meio de uma defesa fechadíssima (que muitas vezes se parece com um paredão de tijolos onde a bola bate e volta) e deixa o atacante na frente do goleiro, que espantando com o lance não tem muito à fazer se não ir buscar a pelota no fundo da rede e se indagar da seguinte forma: “como este filho da puta achou espaço para deixar o atacante cara – cara comigo?”.
Existem outras forma que esses craques usam para desequilibrar o jogo a favor de seus times, como acertar um chute colocado de longa distância, batendo uma falta na “gaveta” ou até mesmo não encostando na bola e mesmo assim levar toda defesa adversária ao seu encalço com o chamado “corta-luz”, deixando os atacantes livres para marcar.
Muitos podem me questionar dizendo que jogadores como Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Zé Roberto (isso para falar só dos brasileiros que estão em atividade), entre tantos outros que desempenham esse papel de forma magistral.
Contudo, o meia clássico que estou caracterizando nestas linhas é aquele jogador magrão, alto e que parece uma garça desengonçada quando corre atrás da bola, chegando na frente dos adversários graças à passadas largas e os driblando em cortes secos e desmoralizantes, colocando a bola no meio das pernas dos volantes de contenção com um toque de biquinho de chuteira ou se aproveitando desta vantagem para aplicar um desconcertante “drible da vaca” nos beques. Esses jogadores ainda são mestres em dar lançamentos longos e precisos, acabando com qualquer sistema defensivo.
Por isso que não incluo jogadores como Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Zé Roberto, e mais outros tantos que são ou foram excepcionais jogadores, mas que jogam ou jogaram um outro estilo de futebol.
Nos quatro grandes clubes do Estado de São Paulo (SANTOS, são Paulo, corinthians e palmeiras) os chamados “meias clássico” têm papéis de destaque na história de suas agremiações. O SANTOS FC contou com o magistral Giovanni. O São Paulo expõem na figura do excelente Raí sua representação de exemplo de "meia clássico". O Drº Sócrates fez a torcida corintiana muito feliz durante o início da década de 80. No palmeiras a figura do “meia clássico” atende pelo nome de Ademir da Guia, ou como chamam os palmeirense, “o Divino”.
Atualmente não há jogadores jovens com as características do chamado “10 do time”. Ainda é possível encontrar alguns remanescentes deste estilo de jogo, como o já quase aposentado Rivaldo e o hermano Riquelme (sinceramente só me lembro destes dois no momento, pois o Zidane se aposentou em 2006 e jogava um futebol semelhante ao "meia clássico" que está caracterizado neste texto).
Com o aperfeiçoamento da tática implementada pelos treinadores o futebol ficou mais brigado. Os jogadores adquiriram mais força física do que técnica, se limitando a fazer aquilo que o “professor” manda. O setor de meio de campo das equipes se apresenta como um local cheio de volantes de contenção, onde se destacam aqueles que sabem marcar e sair jogando, mas que não são detentores de grande habilidade e inteligência. Lembraram do Dunga, Mauro Silva, Júlio Baptista, Emerson? Não que eles sejam péssimos jogadores, mas a projeção destes jogadores no futebol ganharam mais notoriedade pela marcação do que pela arte com a bola nos pés.
Infelizmente vai ser muito difícil aparecer novos “meias clássico” como Ademir da Guia, Rivaldo, Giovanni, Raí, Sócrates, Gérson, Toninho Cerezo, entre tantos outros que podemos apontar na história do futebol brasileiro e mundial.
Mas como esses jogadores não são fabricados em escolinhas e sim nascem com o futebol arte na veia e aperfeiçoa na “rua”, será muito, mas muito difícil mesmo, que um “meia clássico” apareça no cenário do futebol.
Infelizmente para os que gostam de futebol, o “meia clássico” é um jogador em extinção.

2 Comments:
Vc se esqueceu do Danilo, Jão... Tá fazendo falta ao SPFC...
Concordo...falta mesmo esse tipo de jogador atualmente. Acho q a ausencia desses caras no futebol é resultado de uma junção de fatores. A principal delas para mim, é o altíssimo numero de jogadores q vao para o exterior cada vez mais cedo. Uma coisa é o atleta se formar aqui e depois - como o Romario por exemplo - ir jogar na europa. Outra coisa é ele se destacar e logo ser contratato pra atuar fora. É certo q ele nao sera o mesmo jogador.
Por conta disso temos acelerado cada vez mais o processo de formação dos jogadores que precisam suprir a ausencia dos q vaõ atuar na europa. O nivel tecnico tem caido muito e isso é visivel.
Postar um comentário
<< Home